domingo, 27 de janeiro de 2013

Vende-se fé, água, meia, ... e o povo!


O capítulo 2 do Evangelho de João narra o seguinte:

13 Estando próxima a páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém.
14 E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e também os cambistas assentados;
15 tendo feito um azorrague de cordas, expulsou a todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas,
16 e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas cousas; não façais da cada de meu Pai casa de negócio.

E lendo isso fico pensando de que forma isso é passado dentro de uma igreja para que esta não demonstre agir ao contrário daquilo que Jesus pregou?
Muitas igrejas hoje não passam de feiras livres e seus pastores de mercadores da fé. Vendedores de badulaques da salvação, de água do Rio Jordão à meia, encontra-se de tudo, exceto uma fé sincera que era aquilo que o fiel esperava antes de deixar que seus ouvidos fossem dominados por palavras doces, porém que são seguidas de ações acres. 
A cegueira da fé extrema, sem contestações faz com que muitos sigam o seu pastor e não o verdadeiro Pastor. Ele toma como verdade absoluta ou até mesmo um dogma, tudo aquilo que ele ouve, mas não procura ler e ter seu próprio pensamento crítico a respeito das coisas de Deus. Acredita piamente em tudo que ouve, age como manda e segue pensando estar no caminho correto.
O comércio da fé rende excelentes frutos às igrejas e é este tipo de fiel que muitas delas preferem.
Semelhante a isso, vejo o que acontece em nossa política, onde a demagogia e mentira predominam, o ofertório de migalhas traz sorrisos ao rosto da população, que continua lutando pelos restos e quando aquela que ocupa o lugar mais importante de nossa estrutura de governo aproveita de seu espaço na TV para praticar a sua politicalha, o povo aplaude, achando que este é verdadeiro papel dela.
Tanto o pastor quanto a presidente (ambos com letra minúscula, pois não merecem meu respeito) só estão nestes locais, pois alguém ou um grupo os mantém lá e, quando as pessoas apenas reclamam, mas não agem, continuarão por lá.