domingo, 31 de julho de 2011

O triste fim de Nelson Jobim...

Nelson Jobim foi Ministro no Governo de FHC, de Lula e ainda permanece durante o governo de Dilma. A sua falta de hipocrisia está levando a sua trajetório neste governo chegar ao fim.
Jobim nunca foi de esconder suas opiniões e nem omitir sua posições mesmo quando vão de encontro ao governo central. Sempre agiu dessa forma e por isso é respeitado por todos, não só políticos daqui, como de outros países também.
Esteve na festa de 80 anos de Fernando Henrique Cardoso e deu uma declaração, durante seu discurso, que criou uma grande mal-estar no Palácio do Planalto. O governo vestiu a carapuça das palavras ditas: "os idiotas perderam a modéstia". E o mal-estar aumento ainda mais nesta semana, o Ministro da Defesa admitiu publicamente ter votado em José Serra na última eleição e Dilma entendeu isso como um ato de traição.
De um governo pactuado com o partido mais fisiologista do Brasil pode se esperar qualquer coisa, até mesmo demitir o mais respeitado, ou talvez o único Ministro respeitado deste governo que promove a bandalheira e corrupção descarada, que envolve-se a cada dia em novos escândalos e está sendo incapaz de manter o país no trilho do desenvolvimento, mantendo a taxa de juros entre as mais altas do mundo, uma carga tributária exploratória, uma taxa cambial que desistimula a indústria do país e escancara as portas para as importações, que nada faz de concreto e vive de propaganda.

domingo, 24 de julho de 2011

Massa x Ferrari

Na corrida de hoje, mais uma vez vimos Felipe Massa ser prejudicado por conta dos erros da Ferrari. Ele e Vettel entraram juntos nos boxes na última volta com Massa à frente. Na saída, Massa estava atrás. Seu pit stop durou 5s, enquanto o do alemão durou 3,8s. Até mesmo o deVettel esteve acima do tempo que as equipes tem marcado, mas o que aconteceu com Massa foi absurdo.

Nessa hora e tantas outras vezes ficamos inconformados com os erros da Ferrari, mas muitos não conseguem enxergar também o quanto a Ferrari já teve e tem que aturar.

Felipe não vence um grande prêmio desde a corrida do Brasil em 2008, isso mesmo 2008. Naquela corrida em que ele perdeu o campeonato nas últimas curvas vimos a sua última vitória. Nesse mesmo período, ainda contando as corridas pela Renault, Alonso venceu 6 provas.
Desde o GP da Coréia de 2010 ele não sobe ao pódio, ao todo já são 12 corridas sem subir em algum degrau. Incluindo a prova asiática, o espanhol conseguiu 2 vitórias e outros 4 pódios.
No campeonato de 2010, o brasileiro fez 144 pts e terminou em 6º lugar, enquanto o Príncipe das Astúrias ficou com o vice-campeonato e 252 pontos. No campeonato desse ano, 130 x 62 para o espanhol.
Além disso, Fernando Alonso largou na frente de Felipe Massa muito mais vezes do que a situação contrária.

Olhando os números, para Massa o silêncio é a melhor resposta frente aos problemas que a Ferrari lhe causa, pois a paciência dela é grande, mas acaba. Enquanto isso, a Scuderia já anunciou que o brasileiro segue na equipe ano que vem.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Situação de Itamar é crítica...

Segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, o quadro de saúde do Presidente Itamar Franco é grave. Itamar está internado desde o dia 21 de maio quando começou um tratamento de quimioterapia para combater uma leucemia e apresentou o quadro de pneumonia ao longo do tratamento.


Rezemos todos por ele, que tamanha importância teve para que nosso país pudesse tomar o rumo certo!

Um pouco de Carlos Castañeda...

Devagar ele começa a aprender... a princípio, pouco a pouco, e depois em porções grandes. E logo seus pensamentos entram em choque. O que aprende nunca é o que ele imaginava, de modo que começa a ter medo. Aprender nunca é o que se espera. Cada passo da aprendizagem é uma nova tarefa, e o medo que o homem sente começa a crescer impiedosamente, sem ceder. Seu propósito torna-se um campo de batalha.

E assim se depara com o primeiro de seus inimigos naturais: o medo! Um inimigo terrível, traiçoeiro, e difícil de vencer. Permanece oculto em todas as voltas do caminho, rondando à espreita. E se o homem, apavorado com sua presença, foge, seu inimigo terá posto fim à sua busca.

- O que acontece com o homem se ele fugir com medo?

- Nada lhe acontece, a não ser que nunca aprenderá. Nunca se tornará um homem de conhecimento, talvez se torne um tirano, ou um pobre homem apavorado e inofensivo, de qualquer forma, será um homem vencido. Seu primeiro inimigo terá posto um fim aos seus desejos.

- E o que ele pode fazer para vencer o medo?
- A resposta é muito simples. Não deve fugir. Deve desafiar o medo e, a despeito dele, deve dar o passo seguinte, e o seguinte. Deve ter medo, plenamente, e, no entanto não deve parar. É esta a regra! E o momento chegará em que seu primeiro inimigo recua. O homem começa a se sentir seguro de si. Seu propósito se torna mais forte. Aprender não é mais uma tarefa aterradora. Quando chega esse momento feliz, o homem pode dizer sem hesitar que derrotou seu primeiro inimigo natural.
- Isso acontece de uma vez, Don Juan, ou aos poucos?

- Acontece aos poucos, e, no entanto o medo é vencido de repente e depressa.

- Mas o homem não terá medo outra vez se lhe acontecer alguma coisa nova?

- Não. Uma vez que o homem venceu o medo, fica livre dele o resto da vida, porque em vez do medo, ele adquire a clareza... uma clareza de espírito que apaga o medo. Então o homem já conhece seus desejos; sabe como satisfazê-los. Pode antecipar os novos passos na aprendizagem e uma clareza viva cerca tudo. O homem sente que nada se lhe oculta.

E assim ele encontra seu segundo inimigo natural: A clareza. Essa clareza de espírito, que é tão difícil de obter, elimina o medo, mas também cega. Obriga o homem a nunca duvidar de si. Dá-lhe a segurança que ele pode fazer o que bem entender, pois ele vê tudo claramente. E ele é corajoso, porque é claro; não pára diante de nada, porque é claro. Mas tudo isso é um engano; é como uma coisa incompleta. Se o homem sucumbir a esse poder de faz de conta, terá sucumbido ao seu segundo inimigo e tateará com a aprendizagem. Vai precipitar-se quando devia ser paciente, ou vai ser paciente quando deveria precipitar-se. E tateará com a aprendizagem até acabar incapaz de aprender qualquer coisa a mais.

- O que acontece com um homem que é derrotado assim, Dom Juan? Ele morre por isso?

- Não morre. Seu inimigo acaba de impedi-lo de se tornar um homem de conhecimento; em vez disto, o homem pode se tornar um guerreiro valente, ou um palhaço. No entanto, a clareza, pela qual ele pagou tão caro, nunca mais se transformará de novo em trevas ou medo. Será claro enquanto viver, mas não aprenderá nem desejará nada.

- Mas o que tem de fazer para não ser vencido?

- Tem de fazer o que fez com o medo: tem de desafiar sua clareza e usá-la só para ver, e esperar com paciência e medir com cuidado antes de dar novos passos; deve pensar acima de tudo, que sua clareza é quase um erro. E virá um momento em que ele compreenderá que sua clareza era apenas um ponto diante de sua vista. E assim ele terá vencido seu segundo inimigo, e estará numa posição em que nada mais poderá prejudicá-lo. Isto não será um engano. Não será um ponto diante de sua vista. Será o verdadeiro poder.

Ele saberá a esta altura que o poder que vem buscando há tanto tempo é seu, por fim. Pode fazer o que quiser com ele. Seu aliado está às suas ordens. Seu desejo é ordem. Vê tudo que está em volta. Mas também encontra seu terceiro inimigo; o poder.

O poder é o mais forte de todos os inimigos. E, naturalmente, a coisa mais fácil é ceder; afinal de contas, o homem é realmente invencível. Ele comanda; começa correndo riscos calculados e termina ditando regras, porque é um senhor. Um homem neste estágio quase nem nota que seu terceiro inimigo se aproxima. E de repente, sem saber, certamente terá perdido a batalha. Seu inimigo o terá transformado num homem cruel e caprichoso.

- E ele perderá o poder?

- Não ele nunca perderá sua clareza nem seu poder.

- Então o que o distinguirá de um homem de conhecimento?

- Um homem que é derrotado pelo poder, morre sem realmente saber manejá-lo. O poder é apenas uma carga em seu destino. Um homem desse não tem domínio sobre si, e não sabe quando ou como utilizar seu poder.

- A derrota por algum desse inimigos é uma derrota final?

- Claro que é final. Uma vez que esses inimigos dominem o homem não há nada que ele possa fazer.

- Será possível que o homem derrotado pelo poder veja seu erro e se emende?

- Não. Uma vez que o homem cede está liquidado.

- Mas e se ele estiver temporariamente cego pelo poder, e depois o recusar?

- Isto significa que a batalha continua. Isto significa que ele ainda está tentando ser um homem de conhecimento. O indivíduo é derrotado quando não tenta mais e se abandona.

- Mas então, Dom Juan, é possível a um homem se entregar ao medo durante anos, mas no fim vencê-lo.

- Não, isso não é verdade, se ele ceder ao medo, nunca o vencerá, porque se desviará do conhecimento e nunca mais tentará. Mas se procurar aprender durante anos no meio de seu medo acabará dominando-o, porque nunca se entregou realmente a ele.

- E como um homem poderá vencer seu terceiro inimigo, Don Juan?

- Também tem de desafiá-lo, propositadamente. Tem de vir a compreender que o poder que parece ter adquirido na verdade nunca é seu. Deve controlar-se em todas as ocasiões, tratando com cuidado e lealdade tudo o que aprendeu. Se conseguir ver que a clareza e o poder, sem controle, são piores do que os erros, ele chegará a um ponto em que tudo estará controlado. Então saberá quando e como usar seu poder. E assim terá derrotado seu terceiro inimigo. O homem estará então, no fim de sua jornada do saber, e quase sem perceber encontrará seu último inimigo; a velhice! Este inimigo é o mais cruel de todos, o único que ele não conseguirá derrotá-lo completamente, mas apenas afastar. É o momento em que o homem não tem mais receios, não tem mais impaciência de clareza de espírito... um momento em que todo o seu poder está controlado, mas também o momento em que ele sente um desejo irresistível de descansar, se ele ceder completamente a seu desejo de se deitar e esquecer, se ele afundar na fadiga, terá perdido a última batalha, e seu inimigo o reduzirá a uma criatura velha e débil, seu desejo de se retirar dominará toda sua clareza, seu poder e sabedoria. Mas o homem sacode sua fadiga e vive seu destino completamente, então poderá ser chamado de um homem de conhecimento, nem que seja no breve momento em que ele consegue lutar contra seu último inimigo invencível. Esse momento de clareza, poder e conhecimento são o suficiente.