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terça-feira, 12 de março de 2013

Ameixa

Imagine que você é um renomado 'chef', em Nova Iorque. Ao final do dia, mesmo depois de passar tanto tempo ligado à comida, você precisa repor suas reservas. O que você faria: comeria em seu próprio restaurante ou iria para casa preparar alguma coisa? Ou será que, mesmo sendo um renomado 'chef' você procuraria um outro restaurante para comer? 
Se para você a resposta é tão complicada quanto para mim, os grandes 'chefs' de NY respondem a esse questionamento com uma facilidade impressionante... "vou ao Prune" seria a resposta mais adequada e mais comumente ouvida.
É lá que Mario Batali, Eric Ripert, Anthony Bourdain, entre outros, se refugiam no final de suas jornadas de trabalho em busca de algo especial.
"Prune" significa 'ameixa', em francês. E este era o apelido de infância que foi dado a Gabrille Hamilton, por sua mãe. E Grabrielle Hamilton é a 'chef' do restaurante Prune.
De sua infância não veio apenas o nome do local, mas também toda a inspiração na montagem do menu. Filha de uma francesa, via sua mãe passar, graciosamente, boa parte do dia dedicando-se à cozinha e dela vieram seus genes culinários. Desde pequena, uma ida açougue era algo que proporcionava um prazer imenso, até mesmo quando roubava vagens e comia as ervilhas do açougueiro escondida.
O talento de Gabrille 'Hambone", não se restringe à cozinha, podemos incluir a literatura entre seus feitos notáveis.
Na madrugada da última sexta-feira retornei de uma viagem de dois à São Paulo, onde estive fazendo um curso. Para minha surpresa, um pacote, com uma encomenda recente, repousa sobre minha cama. Além do livro "Os melhores menus de Gordon Ramsay", que renderá uma outra postagem qualquer dia desses, também estava no pacote "Sangue, ossos & manteiga", de Gabrielle Hamilton. Um livro maravilhoso, muito bem escrito e que estou degustando página-à-página.
A 'chef' conta sua história desde a infância de uma forma que podemos até mesmo duvidar que este não é o seu maior talento.
Para que gosta de cozinha e de cozinhar ou para quem é apenas um entusiasta, vale a pena.

Abaixo estou postando um vídeo sobre ela e seu restaurante. Não tive muita paciência para procurar o do dia que Anthony Bourdain esteve lá, então estou colocando esse do NY Times mesmo. http://youtu.be/Zp2DHJQ4n7Y

Site do restaurante...

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Well... mudando um pouco de assunto, mas sem fugir do tema. Dia 08/03 estava em São Paulo para um treinamento e, aproveitei a noite livre, para ir ao Vapor Burger & Beer, uma hamburgueria recomendado pelo site do Estadão.
O atrativo é que todos os alimentos são preparados no vapor ou, conforme está escrito em uma das paredes, "NÃO GRELHAMOS, NÃO FRITAMOS E NÃO USAMOS CHAPA". A técnica é originária do estado de Connecticut, nos EUA, país do qual vieram seus fornos também.
O que achei do lugar? Bom, ir à uma hamburgueria quando você não está comendo carne bovina não é uma das melhores coisas a se fazer, mas tive uma experiência maravilhosa.
De entrada pedi Calla Balls (almôndegas de calabresa) e uma BrewDog Trashy Blonde. Duas maravilhas que harmonizaram muito bem.
De prato principal, não pude escolher nenhum dos hamburgers à base de entrecote, então fui para o de salmão. O sanduíche é excelente, o que estragou um pouquinho foi o excesso de cottage, que deu uma molhada no pão, uma sujada na mesa e na minha roupa, pois os cubinhos ficavam caindo o tempo todo. Continuei na Trashy Blonde, pois estava excelente.
A casa tem algumas particularidades que são interessante, como o cardápio que vem em uma prancheta e os copos que se assemelham a grandes potes de geleia. 
O preço é bom e eu recomendo muito o lugar.
Na minha próxima visita, voltarei com certeza...

Matéria do Estadão...

Site do Vapor Burger & Beer, não deixem de olhar as fotos dos sanduíches...




quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Receita de barreado

Barreado

1) Ingredientes:
a) para o barreado:
- 3 kg de músculo limpo e cortado em tiras grossas, no sentido da fibra
- Sal a gosto
- 500 g de toucinho defumado magro cortado em tiras
- 5 cebolas médias picadas
- 5 dentes de alho picados
- 3 folhas de louro
- 1 colher de sopa de orégano
- 1 colher de sopa de cominho em pó
- 2 a 3 xícaras de chá de farinha de mandioca misturada com um pouco de água, para vedação

b) para o pirão:
- caldo do barreado
- 1 xícara de chá de farinha de mandioca

2) Preparo:
a) barreado:
Tempere a carne com o sal e reserve. Frite o toucinho em uma panela grossa, até começar a dourar, e junte a cebola e o alho, refogando por 3 minutos.
Acrescente o músculo, o louro, o orégano e o cominho, mexendo até que a carne fique dourada. Coloque o refogado em uma panela de barro e adicione água até cobrir. Reserve. Vede a panela com a farinha de mandioca. Leve a panelo ao fogo brando durante 4 horas. Se necessário, passe mais pasta de farinha, para evitar que o vapor saia da panela. Depois de cozida a carne, tire a pasta de farinha com uma faca. Separe o caldo da carne e reserve.

b) pirão:
Em uma panela, coloque o caldo reservado e espalhe, aos poucos, 1 xícara (chá) de farinha de mandioca, mexendo bem, para não empelotar. Sirva o barreado junto com o pirão, arroz branco e bananas.

Notas:
- a massa de farinha e água para a vedação deverá ficar bem consistente e, na hora, que for colocada na junção da tampa com a panela, não deverão haver buracos por onde possa escapar o vapor;
- o músculo poderá ser substituído por acém ou patinho. Nunca por carne nobre ou o barreado virará uma papa de carne;
- se você não tiver uma panela grande para refogar, é melhor dividir em porções e fazer aos poucos. Se colocar muita carne na panela, não conseguirá refogar direito. Depois junte tudo na panela de barro.
- segundo a tradição, a única bebida que deverá acompanhar o barreado é a cachaça de banana;
- como é um prato que demora um pouco para ficar pronto, é excelente para fazer com os amigos e familiares e aproveitar para prosear bastante.


Imagens:

Panela vedada



O prato servido



* a receita foi tirada do livro sobre o estado do Paraná, da coleção Cozinha Regional Brasileira, da editora Abril.