segunda-feira, 6 de maio de 2013

500.000.000 e até mais...



Muitas vezes a cenoura que nos faz andar para frente é o dinheiro. Com base no livro que tinha acabado de ler, resolvi escrever um pouco sobre aquilo para uma amiga, mas para que ela entendesse precisei fazer um brevíssimo resumo sobre parte do tema principal: Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.
O livro é 'Sonho Grande', de Cristiane Correa, e vale a pena a leitura.
Segue a mensagem que mandei para ela:

Existe um grupo de mega-investidores brasileiros chamado 3G Capital. Os cabeças são Jorge Paulo Lemann (US$17,8 bi*), Marcel Telles (US$9,1 bi*) e Beto Sicupira (US$7,9 bi*). Tudo começou com o Lemann, que em 1971 comprou uma corretora na Bolsa de Valores. Em 1972, Marcel foi contratado para trabalhar na corretora e em 73 foi a vez de Beto. Os dois acabaram tornando-se sócio de Lemann como consequência do programa de bonificações da empresa. Em 1982, o Garantia (empresa do Lemann) comprou as Lojas Americanas e Beto saiu do banco para comandar a rede de lojas. Em 1989, o Garantia compra a Brahma e é a vez de Marcel assumir a presidência de uma empresa do grupo. Em 1993, eles fundam a GP, uma empresa que visa fazer investimentos em diversas empresas, assumir o controle delas, recuperar a saúde financeira, fazê-las lucrarem e depois revenderem com um valor bem mais alto. Em 1999, eles compram a Antártica, fundem ela com a Brahma e criam a AmBev, a maior cevejaria do Brasil. Em 2003, eles vendem a GP, mantém o controle das empresas que haviam adquirido e fundam a 3G com o objetivo de comprar empresas internacionais, principalmente nos EUA, não mais com o objetivo de revenda. Em 2004, fazem um acordo com a cevejaria belga Interbrew (que produz a Stella Artois e a Beck's), repassando o controle da AmBev em troca de 25% da Interbrew e assim surgiu a InBev. Com o tempo eles foram comprando as ações da Inbev que estavam disponíveis no mercado e tornaram-se os maiores acionistas da empresa, o que garantia o controle e possibilitava que eles implantassem suas próprias políticas que levaram tantas outras empresas ao sucesso. Em 2008, eles compraram a Anheuser-Busch (dona da Budweiser) que já era a líder do mercado mundial e fundiram ela com a InBev, formando a AB InBev, disparada a maior cervejaria do mundo. Além disso tudo, eles compraram o Burger King em 2010 e a Heinz (daquele catchup) em 2013, juntos com o Warren Buffett (4º mais rico do mundo e dono da McLane).

Carlos Brito é um executivo do grupo, que passou por diversas empresas deles e agora é o CEO da cervejaria AB-InBev. Com alguns problemas de custos na nova empresa, ele e toda sua equipe foram desafiados a fazer uma redução drástica desses custos. Essa parte aqui embaixo eu copiei do livro para mostrar o quão fodidos estamos se não corrermos atrás, pois existem muitas oportunidades de ouro no mercado, o maior obstáculo que temos para chegar lá somos nós mesmos e a gente que tem que resolver isso.
Talvez nunca chegaremos a presidente de uma empresa como essa, (...). Agora lê isso e passa raiva!

"Brito e outro 39 executivos do topo da administração da AB InBev tiveram um incentivo extra para reduzir rapidamente as despesas e integrar a AB à cervejaria belgo-brasileira. Logo após a conclusão da comra, a AB InBev ofereceu ao grupo um pacote de 28 milhões de opções de ações, o equivalente na época a 1 bilhão de dólares. Os executivos só receberiam os papéis se conseguissem diminuir a dívida da empresa pela metade até 2013. Era tudo ou nada.
Não só Brito e sua tropa bateram a meta, como o fizeram dois anos antes do prazo. Assim como havia acontecido tantas vezes ao longo da trajetória de Jorge Paulo, Marcel e Beto, uma nova safra de milionários estava formada. Levando-se em consideração o preço das ações da AbInBev no início de 2013 - valorização de 270% desde a aquisição da AB -, a fatia prometida a Brito, CEO da empresa, chega a 500 milhões de reais"

* Valores publicados pela revista Forbes Brasil, na edição de abril/2013.
Nota 1: Talvez hajam equívocos nas datas e fatos, pois foram muitas informações para lembrar.
Nota 2: Os erros de português e a forma de escrita do texto justificam-se por ser algo informal e escrito às pressas.
Nota 3: o livro "Sonho Grande" pode ser adquirido em 
Nota 4: a internet pode ser uma ferramenta útil quando usada da forma correta, se não quiser comprar o livro, procure no Google um pouco sobre eles e aprenda alguma coisa com isso.
Nota 5: apenas um videozinho.. http://www.youtube.com/watch?v=6Mp15_L4f5M


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