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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Why, Mr Anderson? Why?

Pergunta 1) O que faz um partido que tem a vice-presidência da República, a articulação política, a presidência da Câmara e do Senado?
Resposta: Governa um país.

Pergunta 2) O que faz a "presidência" quando perde o controle da nau e vê o barco da economia afundando?
Resposta: troca o Ministro da Fazenda por um homem de confiança da oposição.

Pergunta 3) Por que?
Resposta: Por que não confia nos seus próprios quadros? Por que descobre que a oposição tinha razão? Por que sabia que a oposição tinha razão, mas precisava mentir para ganhar as eleições? Por que assim pode calar a oposição que agora tem um homem seu ditando o rumo das coisas?

Pergunta 4) Por que o governo adota medidas econômicas que tanto insinuou durante as eleições que seriam tomadas pela oposição colocando medo na população?
Resposta: Porque não sabe qual o melhor o caminho deve ser tomado. Porque sempre navegou nas ondas do mar alheio.

Pergunta 5) Era só por R$0,20?
Resposta: Creio que sim.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Voto obrigatório!? Sim, obrigado!

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, prometeu trazer à tona a discussão sobre o fim do voto obrigatório.
Na minha opinião, o brasileiro ainda não é politicamente maduro nem para votar, muito menos para deixar de votar.
Acredito que teríamos no Brasil algo semelhante ao que ocorreu no Chile nas últimas eleições, onde Michelle Bachelet foi levada de volta ao poder com o voto de menos de 25% da população do país. Será que ela é, legitimamente, uma representa do povo, como se espera dos políticos? Que povo ela representa?
Se o voto deixar de ser obrigatório, tenho certeza que muitos preferirão ficar em casa fazendo churrasco e assistindo futebol, a ir votar e decidir quem serão os seus representantes.


Só uma pergunta para fechar, cade o plebiscito prometido pela Dilma durante os protestos?


domingo, 7 de abril de 2013

Comece a pensar...


Quando vejo uma imagem como essa no Facebook fico triste, pois percebo que as pessoas não sabem dar foco à briga política e, em meio a isso, nada muda.
Qual o problema de pagar a conta toda? Não vejo nenhum! Imagine a seguinte situação: você contrata um serviço de banda larga de internet e por 10mb de conexão, você paga R$ 100,00. Se a operadora entrega para você os 10 mb, está tudo certo em pagar esse valor, mas se eles não estão prestando o serviço correto e está 'chegando' para você apenas 8 mb. Ao descobrir a situação você faz o que, troca para um plano de 5 mb (em que vc receberá apenas 4mb), pede redução no valor e continuará tendo um serviço ruim ou troca de prestador de serviço para um que possa cumprir o que promete?
O que esse cartaz propõe é que peçamos um desconto por um serviço que está ruim e que vai continuar ruim, pois se com o valor cheio já não era bom, por que a empresa vai prestar um serviço melhor com um preço menor? Com isso, você atacou o problema e não a causa.
Na política a situação é essa, se os caras estão acostumados a não prestar um bom serviço, já tendo essa mamata, imagine o que farão quando não tiverem os ditos privilégios?
Atacar a cause é pensar antes de votar, é expurgar esses tumores que enraizados em nossa política à décadas, é deixar que pessoas de vanguarda ditem o rumo do país e, tudo isso, passa por seus dedos. A cada 2 anos você tem a oportunidade de começar a sua revolução ao votar de forma correta e não seguir o fluxo, como uma manda de búfalos.
Agora, se você é incapaz de discutir sobre política, não presta atenção nas coisas que acontecem e faz questão de esquecer os erros do passado, lembre-se que você faz parte do mesmo curral em que os políticos estão e você é tão culpado quanto eles.
Qual o efeito prático de compartilhar isso 1 milhão de vezes no facebook? Nenhum! Qual o efeito que teve as milhares de assinaturas no abaixo assinado do Renan Calheiros? Nenhum! Pois se você não sabe, vai ficar sabendo agora. A pessoa a frente de ONG que organizou o abaixo assinado, Avaaz, tem uma longa ficha de serviços prestados ao PT. Quem é o otário nessa história?
Quer fazer alguma de efeito, comece a usar seu cérebro e levante a bunda da cadeira ou pelo menos usando as redes sociais de uma forma mais útil!

PS: Se tivéssemos bons políticos, que prestassem um excelente serviço à nação, será que você realmente se importaria de pagar essa conta?

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Ciranda, cirandinha...

A dança das cadeiras no governo Dilma segue em ritmo acelerado. Nelson Jobim deve sair ainda hoje do Ministério da Defesa e a vaga deve ficar ou com o vice Michel Temer ou com o indicado de Lula, Celso Amorim (ex-ministro). 
Já foram várias trocas e a cada hora surgem novos escândalos que abalam algum ministério. O caso de Jobim foi um tanto quanto diferente. Um ponto fora da curva, é assim que ele pode ser considerado. Enquanto outros caíram por causa de mentiras, falcatruas, esquemas e escândalos, Jobim sai por ter cometido o SINCERICÍDIO, isso mesmo, falou a verdade e perdeu o cargo.
Sempre apoiou o PSDB e começou sua caminhada como ministro no governo de Fernando Henrique Cardoso. No período de Lula voltou à Esplanada dos Ministérios devido a sua competência e por isso foi mantido por Dilma. Quando abriu a boca e resolveu deixar ainda mais clara a sua posição, perdeu o cargo num ato deliberado de censura.
Esse é o Brasil do PT!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Colocando doce na boca da criança!

Foi publicada hoje a MP 540 com o novo regime tributário do setor automotivo. A medida vai reduzir o IPI para as montadoras que investirem inovação tecnológica, produção local e agregação de conteúdo nacional. É a primeira resposta do governo frente a concorrência desleal que está contecendo no país com a invasão dos carros asiáticos que chegam aqui com preço muito abaixo dos veículos nacionais.
O incentivo vai vigorar por 5 anos e é um paleativo enquanto uma nova política para o setor é desenvolvida. A medida é necessária e já vem tarde. O que eu duvido é que uma política definitiva vá se implantada. O governo do PT fala muito e faz pouco, muito pouco, quase nada. Deixa de lado as promessas de campanha e inventa estatísticas. Na campanha de 2002, Lula prometeu, no debate do segundo turno, fazer a reforma tributária (ainda no primeiro ano de mandato), previdenciária, trabalhista, constitucional, sindical e tantas outras e não cumpriu nenhuma delas.
Não espero que o governo Dilma seja diferente.

domingo, 31 de julho de 2011

O triste fim de Nelson Jobim...

Nelson Jobim foi Ministro no Governo de FHC, de Lula e ainda permanece durante o governo de Dilma. A sua falta de hipocrisia está levando a sua trajetório neste governo chegar ao fim.
Jobim nunca foi de esconder suas opiniões e nem omitir sua posições mesmo quando vão de encontro ao governo central. Sempre agiu dessa forma e por isso é respeitado por todos, não só políticos daqui, como de outros países também.
Esteve na festa de 80 anos de Fernando Henrique Cardoso e deu uma declaração, durante seu discurso, que criou uma grande mal-estar no Palácio do Planalto. O governo vestiu a carapuça das palavras ditas: "os idiotas perderam a modéstia". E o mal-estar aumento ainda mais nesta semana, o Ministro da Defesa admitiu publicamente ter votado em José Serra na última eleição e Dilma entendeu isso como um ato de traição.
De um governo pactuado com o partido mais fisiologista do Brasil pode se esperar qualquer coisa, até mesmo demitir o mais respeitado, ou talvez o único Ministro respeitado deste governo que promove a bandalheira e corrupção descarada, que envolve-se a cada dia em novos escândalos e está sendo incapaz de manter o país no trilho do desenvolvimento, mantendo a taxa de juros entre as mais altas do mundo, uma carga tributária exploratória, uma taxa cambial que desistimula a indústria do país e escancara as portas para as importações, que nada faz de concreto e vive de propaganda.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Situação de Itamar é crítica...

Segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, o quadro de saúde do Presidente Itamar Franco é grave. Itamar está internado desde o dia 21 de maio quando começou um tratamento de quimioterapia para combater uma leucemia e apresentou o quadro de pneumonia ao longo do tratamento.


Rezemos todos por ele, que tamanha importância teve para que nosso país pudesse tomar o rumo certo!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Não tem remédio!

Texto que recebi que indicava ser de autoria do Luiz Fernando Veríssimo, mas como tem tanta coisa errada nessa internet, nem sei se é dele mesmo.

Eu tomo um remédio para controlar a pressão.
Cada dia que vou comprar o dito cujo, o preço aumenta.
Controlar a pressão é mole.
Quero ver é controlar o preção.
Tô sofrendo de preção alto,
O médico mandou cortar o sal.
Comecei cortando o médico, já que a consulta era salgada demais.
Para piorar, acho que tô ficando meio esquizofrênico.
Sério!
Não sei mais o que é real.
Principalmente, quando abro a carteira ou pego extrato no banco.
Não tem mais um Real.
Sem falar na minha esclerose precoce.
Comecei a esquecer as coisas:
Sabe aquele carro? Esquece!
Aquela viagem? Esquece!
Tudo o que o barbudo prometeu? Esquece!
Podem dizer que sou hipocondríaco, mas acho que tô igual ao meu time:
- nas últimas.
Bem, e o que dizer do carioca? Já nem liga mais pra bala perdida...
Entra por um ouvido e sai pelo outro.

Faz diferença...

"A diferença entre o Brasil e a República Checa é que a República Checa tem o governo em Praga e o Brasil tem essa praga no governo"
Não tem nada pior do que ser hipocondríaco num país que não tem remédio.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Giro de notícias 1 - 15/11

GIRO DE NOTÍCIAS 1 - 15/11/2010 - 121 anos da Proclamação da República (por um golpe de estado militar)!


SILVIO SANTOS
Fim do nepotismo no SBT. Até lá acaba, mas em certos governos. 
- Silvio Santos vai processar ex-diretores e empresa de auditoria. 


BRASIL
Governo não investe na atenção básica e custo da saúde aumenta. Usa isso para justificar a  
- Número de casos de dengue aumentou quase 100% de 2009 para 2010. Investimento mínimo do governo na prevenção é o motivo. Em 2009 o governo federal distribuiu apenas 40 picapes, 115 motos e 90 equipamentos para fumacês. http://bit.ly/cF1R53
Empresa do marido de Maria das Graças Foster (super cotada para ministério no governo Dilma) ganhou contratos sem licitação com a Petrobrás. 
- Perigo de retrocesso no Brasil existe, diz Alain Touraine. 

Brasil passa a ser grande exportador mundial de... cocaína!!! Esse é o crescimento das exportações que o Lula falou? 

MUNDO
Obama prepara plano para deixar o Afeganistão em 2014.
Mais de 2 milhões de peregrinos muçulmanos se reúnem no Monte Arafat. // Que Alá ilumine a jornada!
Países discutem redução da pesca do Atum... 

ESPORTES

Williams confirma renovação com @, que vai para sua 19ª temporada na F1! Parabéns!
Brasil encerra o ano com 3 tenistas no TOP 100, coisa q não acontecia desde 2002. 

UFC 122 foi um dos piores da história, de tão ruim nem baixei o vídeo na net pra não perder espaço no HD. 

TV

Jornal diz que Michael Douglas tem só mais 3 meses de vida!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Peluso paga conta deixada por Lula.

 

Transcrevo aqui meu comentário referente a coluna de Reinaldo Azevedo , no site da Veja, sobre a questão do julgamento de Jader Barbalho no STF hoje.

O voto qualificado, apesar de legal, é completamente anti-democrático. O que faz com que o Presidente do STF seja mais qualificado do que qualquer outro Ministro? Nada, nenhum deles chegou até ali e até a presidência sem que houvesse uma indicação política, o que não os torna os melhores juristas do país e nem torna o Presidente da casa melhor ainda do que os outros Ministros. A ocorrência do empate já era de conhecimento público neste caso, nenhum ministro precisaria expor a justificativa de seu voto, sendo dada a palavra somente a Peluso para a proclamação do resultado, já que seu voto teria valor maior. O mais estranho de tudo é que ele votou primeiramente contra a manutenção da sentença e depois, na decisão final, votou a favor da decisão do TSE. Alguém sabe o por quê disso? O STF não é um ente federal que conta com a simpatia da população brasileira, se “derrubasse” a aplicação imediata da Lei da Ficha Limpa seria crucificado em rede nacional por ser o grande vilão da moralização da política brasileira. Peluso pensou com a cabeça de Presidente do STF ao tomar sua decisão, fazendo com que o povo, grande interessado nesse processo, começasse a ver o Supremo com olhos mais carinhosos.
Sabe de quem é a culpa disso tudo? O Presidente da República. Lula tirou férias deste há algum tempo e deixou de tomar decisões importantes para que pudesse se dedicar a campanha de sua candidata-poste. A vaga de Eros Grau está em aberta desde o dia 02/08/10 e até o momento já houve tempo mais do que suficiente para que o nome escolhido pelo Presidente pudesse ser sabatinado e ter seu nome aprovado. Ninguém pode falar que o período foi curto, um ministro do STF é aposentado compulsoriamente aos 70 anos, sendo assim, desde o dia 30/06/04, data em que foi empossado, o Presidente já sabia que antes do dia 14/08/10 Eros teria que aposentar por causa de sua idade.

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Segue texto integral da coluna de Reinaldo Azevedo no site da Veja:

27/10/2010

às 22:45

Jader é pequeno demais para o estrago que ministros provocaram hoje no STF: renúncia à Constituição e ao Regimento Interno da Casa

O que vou escrever aqui nada tem a ver com a personagem que provocou o julgamento: no STF: Jader Barbalho. Minha simpatia por esse senhor é negativa. Se querem saber, acho que o Congresso é melhor sem ele do que com ele. Mas não vou — nem posso — endossar uma excrescência do Supremo só porque a decisão me agrada pessoalmente ou vai ao encontro de minha visão de mundo.

Repetiu-se no caso de Jader Barbalho o placar do julgamento de Joaquim Roriz: cinco a cinco. Votaram pela aplicação do Ficha Limpa — e, portanto, pela manutenção da inelegibilidade de Jader, segundo decisão do TSE — os ministros Joaquim Barbosa (relator), Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Carlos Ayres Britto e Ellen Gracie. Votaram contra Cezar Peluso, Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

Em situações assim, há apenas uma saída, uma única: o presidente — no caso, Peluso — exerce o voto qualificado. Vale dizer: pode votar uma segunda vez. Ele se negou a fazê-lo no caso Roriz e se negou a fazê-lo agora também. E tudo apontava para a persistência do impasse. Que fique claro: essa prerrogativa está prevista no Artigo 13 do Regimento Interno do STF de maneira inequívoca. Literalmente, cabe ao presidente
“proferir voto de qualidade nas decisões do Plenário para os quais o Regimento Interno não preveja solução diversa quando o empate da votação decorra da ausência de ministro em caso de (…) vaga ou licença (…)”

Com a história de que não tem “vocação para déspota”, Peluso se negou a fazer o que lei lhe diz para fazer.

Foi aí, então, que uma solução mágica foi tirada do bolso do colete por Celso de Mello, o decano do Supremo, por quem, mesmo quando discordo, tenho profundo respeito intelectual. Desta feita, no entanto, ele me decepcionou profundamente e a quantos, creio, sejam operadores sérios do direito ou seus , se me permitem a graça, “amantes amadores”, como é o caso deste escriba. O ministro virou, de súbito, e não é habitual nele, um teórico do atalho e fundou o que eu chamaria de “decisão tomada por contaminação”. Ajudou a produzir uma monstruosidade jurídica. Custo a acreditar naquilo a que acabei de assistir. Vamos ver se consigo deixar claro o truque.

O truque de Mello
Para tirar das costas de Peluso o peso de sua decisão excrescente, Celso de Mello partiu em seu socorro, lembrando que a Constituição, no seu Artigo 97, estabelece o seguinte:
“Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público“.

Notem que, com efeito, a Carta fala em maioria de “membros”, não de votos — logo, o voto qualificado do presidente não se aplicaria a esse caso. Foi o que bastou para que Joaquim Barbosa logo se animasse e quase declarasse inconstitucional o Artigo 13 do Regimento do STF. Ocorre, caros leitores, que o que vai na Carta, nesse particular, aplica-se apenas, COMO ESTÁ EXPLÍCITO, a declarações de inconstitucionalidade. E, definitivamente, como lembrou o ministro Gilmar Mendes, não era o caso.

Mais ainda: o próprio Celso de Mello assentiu com a contestação de Mendes, endossada por Dias Toffoli e Marco Aurélio de Mello. Ele próprio admitiu que se tratava de uma decisão, VEJAM SÓ, tomada por “analogia”. Santo Deus!

Ora, se temos o caminho legal explicito, declarado, estabelecido com todas as letras, por que, então, recorrer a uma “analogia”, a um arranjo, a uma mera associação de idéias, a uma mágica? Como lembrou Tóffoli, cuja nomeação critiquei bastante aqui, se o tribunal queria sair do impasse, o ÚNICO CAMINHO LEGAL, CONSTITUCIONAL, ERA PELUSO RECORRER AO VOTO QUALIFICADO. Todo o resto seria um arranjo imperfeito. Ou esperar a nomeação do 11º ministro.

Em seu arranjo, Celso de Mello combinava com a aplicação que ele mesmo reconhecia indevida do Artigo 97 da Carta, o Artigo 205 do Regimento Interno do STF, aplicado também por “analogia”, que mantinha, então, a decisão do TSE, favorável à inelegibilidade de Jader. A soma de barbaridades foi tal que o próprio Peluso não sabia como proclamar o resultado.

Refaço a pergunta: se existe um caminho legal dado, explícito, claro, inequívoco, por que optar, então, pelo arranjo? Vocês já sabem que acho a Lei do Ficha Limpa inconstitucional. Mas isso é o de menos agora. Não estou discutindo esse particular, não. O que me incomoda é que se possa renunciar ao que está escrito para tomar uma decisão com base no que não está. O que mais impressiona é que o próprio Peluso, na proclamação da decisão, admitiu a sua artificialidade.

Os únicos ministros que se opuseram ao arranjo foram mesmo Gilmar Mendes, Dias Tóffoli e Marco Aurélio de Mello —  e se fez, então, a maioria de 7 a 3. Atenção, leitor: quando todos os ministros argumentaram segundo a letra da lei (cada um com a sua leitura, claro!), o placar era cinco a cinco. Quando entrou em campo a “analogia”, aí deu 7 a 3.

Peluso, que recusou o que a lei lhe faculta para aderir a um expediente “analógico”, afirmou que proclamava o resultado contra a sua consciência, mas, disse, pensava, antes de tudo, na instituição. Ora, se era assim, que votasse a segunda vez — e que votasse, então, contra Jader, santo Deus! Mais: se quisesse, poderia ter reformado seu primeiro voto. Não! Preferiu o caminho das “leis” que não estão escritas. Afinal, ele poderia dividir esse peso com Celso de Mello ao menos… Peluso tem razão: o Supremo pede que os ministros pensem na instituição!

Ah, sim: eu também sou contra Jader, entenderam? Eu também prefiro que ele fique fora do Congresso. Mas não contem comigo para burlar uma lei democrática com o intuito de fazer a justiça que considero particularmente correta. Isso nunca termina bem. A imprensa vai aplaudir. Pode estar colocando a corda no próprio pescoço. E direi mais tarde por quê. Jader Barbalho é pequeno demais para que se renuncie, a um só tempo, à Constituição e ao Regimento Interno do Supremo. Parabenizo os ministros Mendes, Tóffoli e Maro Aurélio. Não o faço porque concordam comigo. Eu o faço porque eles concordam com a Constituição e com o Regimento Interno do Supremo e julgaram de acordo com a voz rouca das instituições.

Por Reinaldo Azevedo

Link da publicação: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/jader-e-pequeno-demais-para-o-estrago-que-ministros-provocaram-hoje-no-stf-renuncia-a-constituicao-e-ao-regimento-interno-da-casa/#comment-1308228